O aprendizado da criança durante a fase do desenvolvimento – Fase III (3 – 5 anos)

A próxima fase do desenvolvimento do ser humano, após a fase anal, é a fase fálica. Nessa fase, é onde acontece a percepção das crianças sobre o seu próprio corpo. Iniciando a descoberta do pênis e da vagina, então, a atenção da criança se volta para os seus órgãos genitais.

As tensões e os interesses se voltam à região genital porque na fase fálica começam os banhos, onde a criança se torna responsável por se higienizar sozinha. O  toque nessas regiões traz sensações de prazer, não prazer sexual, mas uma sensação gostosa para criança. Uma sensação que ela ainda não entende, apesar de serem os primeiros sinais dos impulsos sexuais.

Como nossos corpos são diferentes, os meninos descobrem que as meninas não têm pênis. Então, eles experimentam a ansiedade de castração, que seria o medo de perderem os seus pênis.

Na fase fálica, a criança começa a desenvolver o sentimento de ciúmes dos pais, pois eles se dão mais atenção do que dão para a criança. Surge então o complexo de Édipo e, mesmo que o termo esteja masculino, o complexo de Édipo se encaixa para os dois gêneros biológicos. Sendo assim, essa fase traz alguns conflitos maiores.

Entretanto, mesmo com as suas complexidades, a fase fálica também pode ser melhor entendida e utilizada pelos pais e responsáveis pela educação da criança para potencializar o aprendizado e o desenvolvimento dela. Confira!

Contextualizando a história de Édipo

Édipo é uma peça de Sófocles, onde o rei de Tebas, ao consultar um oráculo, recebe a notícia que seu filho iria matá-lo, tornar-se rei e casar-se com a sua esposa. Sabendo desse acontecimento, o rei de Tebas ordena que seu filho seja abandonado e pregados pelos pés em uma montanha. Por isso, a peça leva esse nome Édipo, que em grego significa pregado pelos pés.

Mas, mesmo pregado pelos pés, Édipo é encontrado por um pastor de ovelhas e é levado para cidade de Coríntios. Lá, Édipo cresce e, ao também consultar o oráculo, acaba recebendo a mesma notícia do rei de Tebas.

Então, acreditando que ia desonrar a sua família, pois Édipo não sabia que o rei de Tebas era seu pai, decidiu que deveria sair da cidade de Coríntios para não prejudicar a família que o criou, muito menos matar seu pai, pois ele não sabia se essa profecia se referia ao seu pai verdadeiro ou ao seu pai de criação.

Sendo assim, Édipo foge de Coríntios para Tebas e, no caminho, encontra um sujeito arrogante, que lhe ordena para que ele fique fora do seu caminho. Édipo achou a atitude do sujeito desafiadora e, então, eles entraram e um conflito onde Édipo mata o rei de Tebas, seu verdadeiro pai, sem saber, e parte para Tebas e acaba conhecendo e casando com a sua mãe.

Depois de descobrir essa história, a mãe de Édipo entende que ele é seu filho e, então, conta a Édipo a sua história, revelando assim que ela é sua mãe e que a profecia havia sido realizada. Em seguida, a rainha se mata e Édipo fura os seus olhos para que nunca mais enxergue a sua vergonha.

Da alegoria para a vida real, segundo Freud

Freud vai usar a peça de Édipo como alegoria na fase fálica para explicar os nossos impulsos de amor e ódio em relação aos nossos pais. Para Freud, alguns aspectos dentro da alegoria da peça de Édipo estão presentes na fase fálica.

Os ciúmes da figura paterna que estaria usurpado o lugar da criança ao lado da figura materna é um exemplo disso. Isso porque a criança vê a figura paterna como um rival. Sendo assim, existiria o medo de que essa mesma figura a lhe castrasse, gerando assim a ansiedade de castração.

Ainda segundo Freud, a fase fálica está ligada a esses conflitos:

  • Amor e o temor dos pais
  • A ansiedade de castração
  • E o desejo por uns dos pais

São conflitos que não vão ser resolvido de maneira fácil. Então, nessa situação, o nosso superego (a parte da nossa consciência que vai tentar estabelecer o ideal de ser humano) vai acabar trancando esses conflitos para nosso inconsciente.

E com esses sentimentos no inconsciente, acabamos por não mais refletir ou pensar neles. Portanto, a repressão do complexo de Édipo na fase fálica é uma das primeiras funções do superego.

A fase fálica e o complexo de Édipo nas meninas

Nas meninas acontece algo semelhante aos meninos, pois elas amam e desejam a mãe. Contudo, por não terem pênis, elas acabando culpando a mãe por isso, por serem meninas. Assim, segundo Freud, isso cria uma confusão na cabeça da criança, uma espécie de inveja do pênis.

Isso porque as meninas na fase fálica acabam por ter a figura masculina como objeto de desejo. Porém, como não tem o pênis, elas acabam por não desenvolver a ansiedade de castração. Sendo assim, elas não tem essa ansiedade para ajudar a conter o complexo de Édipo e acabam por ficar mais tempos nessa fase edipiana.

Em todo caso, após os 5 anos, a fase fálica costuma a passar e as atenções se voltam para outras coisas. Tais, como:

  • Escola
  • Amigos e a amigas
  • Brincadeiras

O aprendizado nesse período do desenvolvimento

O aprendizado na fase fálica costuma ser bem mais produtivo. Além de mostrar muito mais resultados do que nas fases anteriores. Sendo assim, esse período é escolhido por muito pais para matricular as crianças em cursos. A maioria prefere os de música ou e instrumentalização, artes, idiomas, dentre outros.

Alguns estudos ainda afirma que essa fase é a melhor de todos para alfabetizar os pequeninos. Ou, pelo menos, introduzir na vida deles a primeira noção de letras, sílabas e palavras. Seja através de brincadeiras e jogos respaldados pela ludicidade.

Uma boa dica na fase fálica, é que os pais da criança trabalhem juntos nesses momentos de brincadeira, aprendizado e desenvolvimento. Isso ajuda a evitar problemas de relacionamento entre eles. Bem como, ameniza os conflitos edipianos.

cambly kids
cambly kids dá dicas de como incentivar seu filho a falar inglês desde cedo.

 A aquisição da língua na fase fálica

A fase fálica também é marcada por outra característica: a criança já consegue fazer nexos entre imagem e som. Portanto, estimular atividades que façam com que elas desenvolvam nexos entre a língua inglesa e objetos e palavras, é muito bom.

Além disso, como os jogos são sempre um bom estímulo, use bastante jogos da memória com palavras e imagens. Caça-palavras, jogo da forca, dentre outros do tipo que permitam fazer essa interação entre imagem e palavras, como também, do idioma de língua inglesa.

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